A cheia dos rios no estado do Amazonas já impacta mais de 420 mil pessoas, conforme o boletim divulgado neste domingo (15) pela Defesa Civil estadual. Até o momento, 36 dos 62 municípios amazonenses decretaram situação de emergência devido às inundações, que afetam moradias, mobilidade urbana e a produção rural.
Em Manaus, o Rio Negro atingiu a cota de 28,86 metros e está a apenas 14 centímetros da marca considerada de inundação severa. Moradores do bairro Educandos reivindicam a construção de pontes de madeira para facilitar o deslocamento nos becos alagados, mas apenas parte das passarelas foi instalada. As comunidades enfrentam, além da dificuldade de locomoção, riscos à saúde devido ao contato com águas contaminadas e o acúmulo de lixo, que favorecem a proliferação de doenças.
A situação é crítica também em cidades como Uarini, onde 113 comunidades rurais e quatro bairros da zona urbana foram atingidos pela cheia do Rio Solimões. Mais de 2.200 famílias já foram afetadas, com perdas significativas nas lavouras de banana e macaxeira, e prejuízos à pecuária, já que muitos animais permanecem dentro d'água por falta de áreas secas.
No total, além dos 36 municípios em emergência, outros 22 estão em estado de alerta, Lábrea em atenção e três seguem em situação de normalidade. A Defesa Civil coordena ações emergenciais como distribuição de cestas básicas e construção de pontes provisórias nas áreas mais atingidas.