O governo dos Estados Unidos anunciou que utilizará “todo o poder” para enfrentar Nicolás Maduro, classificado por Washington como chefe de um “cartel narcoterrorista”. A declaração ocorre em meio à movimentação de forças militares americanas no Caribe, com três navios de guerra — USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — deslocados para a costa da Venezuela, segundo a agência Reuters.
A operação envolveria cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais, aviões espiões P-8 e ao menos um submarino de ataque, em missão que pode se estender por meses. Na mesma linha, os EUA aumentaram para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, acusado de ser um dos maiores traficantes do mundo.
Em resposta, o presidente venezuelano anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados em todo o país. “Estamos preparados para responder em nosso mar, em nossa propriedade, em território venezuelano”, declarou o ministro do Interior, Diosdado Cabello. As milícias, criadas por Hugo Chávez, funcionam como braço civil de apoio às Forças Armadas do regime.
Apesar da escalada, analistas lembram que os dois países mantiveram contatos recentes, como a troca de prisioneiros em julho, vista como sinal de pragmatismo em meio às hostilidades.