O Ministério Público do Distrito Federal instaurou um inquérito para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro por supostamente divulgar, em um aplicativo de mensagens, uma imagem que vincula o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao regime de Bashar al-Assad, ex-ditador da Síria, associando-o a execuções de pessoas LGBT+. A apuração ficará sob responsabilidade da Polícia Civil do DF, após o órgão entender que o caso deve tramitar na esfera estadual.
O episódio chegou ao conhecimento do Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Ricardo Lewandowski, por meio da denúncia de um cidadão. Em 7 de julho, a pasta solicitou à Polícia Federal a abertura de investigação, conforme prevê a lei para possíveis crimes contra a honra do presidente da República. No entanto, com a manifestação do MP do DF reconhecendo a competência da Justiça estadual, a investigação foi transferida à PCDF.
O ex-ditador sírio Bashar al-Assad deixou o poder em dezembro de 2024, após quase 25 anos governando o país, em meio a uma ofensiva rebelde que iniciou um período de transição política na Síria.
A investigação contra Bolsonaro ocorre enquanto ele cumpre medidas restritivas impostas pelo Supremo Tribunal Federal, que incluem prisão domiciliar.