O ex-secretário de Ciências e Tecnologia e Inovação de Mato Grosso (Seciteci), Nilton Borgato (PSD), que foi preso na manhã de terça-feira (19), durante a Operação Descobrimento da Polícia Federal foi encaminhado para o Centro de Custódia de Cuiabá, onde ficará à disposição da Justiça. 

Borgato foi apontado pela PF, como um dos responsáveis pelo transporte de cocaína para Portugal. Ele é acusado de ter agido em conjunto com o ex-assessor da vice-governadoria na gestão Silval Barbosa, Rowles Magalhães e a doleira da Lava Jato, Nelma Kodama, que também foram presos na operação.

Em Cuiabá, o ex-secretário foi preso na residência onde mora no bairro Jardim Aclimação. Na propriedade, os agentes encontraram 12 saquinhos contendo dezenas de pedras de diamantes, 12 saquinhos contendo dezenas de pedras escondidos embaixo da cama dele. 

Após prestar esclarecimento na sede da PF na Capital, ele foi encaminhado ao Instituto Médico legal, onde passou por exames de corpo de delito, em seguida para audiência de custódia junto à Justiça Federal e ao final para o sistema prisional. 

Rowles foi pego em São Paulo e a doleira em um hotel de luxo em Portugal. Na terça, a PF ainda deu cumprumentos a 43 mandados de busca e apreensão e outros quatro de prisão contra a organização criminosa. 

A quadrilha começou a ser investigada em fevereiro do ano passado, quando a Polícia Federal apreendeu mais de 500 kg de cocaína na aeronave de uma empresa privada de aviação em que Rowles Magalhães é sócio. O avião estava no Aeroporto Internacional de Salvador (BA) e tinha como destino a Europa.

Todos os alvos devem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, evasão de divisas e formação de quadrilha.

Por meio de nota, a defesa de Borgato informou que ainda está tomando conhecimento sobre o inquérito, mas que seu cliente nega com veemência as imputações que circulam na imprensa.