A Fiat Strada continua no topo do ranking nacional e encerrou setembro como o veículo novo mais vendido do Brasil em 2025, com 101.298 emplacamentos no acumulado do ano. Na segunda posição aparece o Volkswagen Polo, com 93.707 unidades, ampliando a distância entre os dois e consolidando a liderança da picape, que ocupa o primeiro lugar desde 2021.

A lista dos dez modelos mais vendidos do ano até agora tem ainda o Fiat Argo (74.011), o Volkswagen T-Cross (65.987), o Hyundai HB20 (58.775), o Chevrolet Onix (54.931), o Fiat Mobi (53.115), o Toyota Corolla Cross (51.973), o Hyundai Creta (51.632) e o Honda HR-V (45.153). O destaque foi o Onix, que voltou à sexta posição após atualizações promovidas pela GM, além da ascensão do Corolla Cross.

Nas vendas mensais de setembro, a Strada também manteve a dianteira, com 13.876 unidades, seguida pelo Polo (10.647) e pelo Argo (9.484). O mês ainda registrou a estreia do Volkswagen Tera na sexta colocação, com 7.610 emplacamentos, garantindo presença inédita no top 10 e deixando de fora T-Cross, Creta e HR-V.

Ao todo, quase 2 milhões de veículos novos foram licenciados no país até setembro, o que representa alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024. Entre os segmentos, os automóveis somaram 1,41 milhão de unidades no terceiro trimestre, avanço de 3,05% em comparação com o ano passado. Os comerciais leves tiveram crescimento ainda maior, 4% no trimestre e 25,14% em setembro sobre agosto. Já caminhões e ônibus recuaram 4,72% no período.

As projeções da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) foram ajustadas: a estimativa de alta para automóveis e comerciais leves caiu de 5% para 3%, enquanto o setor de motos deve crescer 15% até o fim do ano, acima do esperado. Caminhões devem encerrar 2025 em queda de 7%, e ônibus, em alta de 6%.

Segundo a economista Tereza Fernandez, o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA representa um dos principais riscos externos. “Há incertezas sobre a aplicação de alíquotas que já estão afetando o comércio internacional e podem reduzir as trocas comerciais”, afirmou.

No cenário interno, as taxas de juros mantidas em 15% pelo Copom também pesam no setor. “Se houvesse redução, poderíamos ultrapassar os 5% de crescimento previstos inicialmente. Mas o Banco Central já sinalizou que isso só deve ocorrer em 2026”, avaliou Arcelio Junior, presidente da Fenabrave.

???? Com a liderança consolidada da Strada e novidades como a chegada do Tera ao ranking, o mercado automotivo brasileiro mantém crescimento moderado, mas enfrenta desafios diante de juros elevados e incertezas globais.