Novos áudios recuperados pela Polícia Federal (PF) indicam que a tentativa de golpe envolvendo aliados de Jair Bolsonaro em 2022 e no 8 de janeiro de 2023 foi planejada e estruturada, enfraquecendo ainda mais a proposta de anistia aos envolvidos que tramita no Congresso. As gravações são de Wladimir Matos Soares, agente da PF e réu por tentativa de golpe, e expõem intenções claras de prender ministros do STF com aval do então presidente, além de demonstrar disposição para o uso de violência armada.
Nas mensagens, Wladimir afirma que só aguardava a ordem direta de Bolsonaro para agir contra o Supremo. Ele também diz que sua equipe estava "pronta para matar meio mundo de gente" e acusa generais do Exército de terem sido "comprados pelo PT" após desistirem de apoiar o plano golpista. O conteúdo reforça a narrativa de que a tentativa de golpe não foi um movimento espontâneo, como tentam sustentar defensores da anistia.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou Wladimir por integrar organização criminosa com objetivo de abolir o Estado Democrático de Direito. Segundo a PF, ele mantinha comunicação constante com outros agentes da corporação.
A revelação dos áudios aumenta a pressão sobre parlamentares que vinham defendendo o perdão aos envolvidos nos atos antidemocráticos. Com a comprovação de um plano articulado e violento, o apoio político à proposta de anistia deve diminuir ainda mais.