A Gruta da Lagoa Azul, em Nobres, permanece como um oásis de beleza natural, embora esteja interditada desde 2002 devido à degradação ambiental. No entanto, mesmo com a proibição, o local tem sido alvo de visitações clandestinas e ensaios fotográficos, revelando uma preocupante falta de conscientização ambiental.

De acordo com o Ministério Público do Estado (MPE-MT), guias de turismo clandestinos têm conduzido visitantes ao local, omitindo as restrições legais e cobrando valores exorbitantes que chegam a R$ 250 por pessoa. Essa prática irregular tem sido denunciada repetidamente, evidenciando a persistência do problema e a necessidade de ações mais efetivas por parte das autoridades.

Uma fotógrafa, que preferiu não ter sua identidade revelada, relatou ao g1 que realizou uma sessão de fotos na área sem estar ciente das restrições impostas. Segundo ela, todo o passeio foi organizado por um suposto profissional do ramo do turismo, o que evidencia a facilidade com que as visitações clandestinas têm ocorrido, muitas vezes sem que os visitantes tenham consciência da ilegalidade de suas atividades.

A Gruta da Lagoa Azul é uma das joias naturais de Mato Grosso e sua preservação é crucial para a manutenção do ecossistema local. No entanto, a exploração descontrolada e a falta de fiscalização adequada têm contribuído para a degradação ambiental do local, colocando em risco não apenas a beleza cênica, mas também a biodiversidade e os recursos hídricos da região.

Diante desse cenário preocupante, é fundamental que as autoridades competentes tomem medidas urgentes para coibir as visitações clandestinas, promover a conscientização ambiental e reforçar a proteção e preservação da Gruta da Lagoa Azul. Somente assim será possível garantir que essa preciosidade natural seja apreciada pelas gerações futuras em sua plenitude, sem comprometer sua integridade e sustentabilidade.