A prévia da inflação de setembro avançou 0,48%, informou o IBGE nesta quinta-feira (25). O resultado foi impulsionado principalmente pela alta de 12,17% na energia elétrica residencial, após o fim do Bônus de Itaipu, que havia reduzido as tarifas em agosto. O grupo Habitação, com avanço de 3,31%, foi o maior responsável pela pressão inflacionária.

No acumulado de 2025, o IPCA-15 registra alta de 3,76% e, em 12 meses, chega a 5,32%, acima do teto da meta do Banco Central (4,5%). Apesar disso, o índice ficou levemente abaixo das projeções do mercado, que esperavam variação entre 0,51% e 0,52%.

Além de Habitação, também tiveram alta Vestuário (0,97%), Saúde e cuidados pessoais (0,36%), Despesas pessoais (0,20%) e Educação (0,03%). Por outro lado, Alimentação e bebidas recuaram 0,35%, registrando a quarta queda consecutiva, puxada por reduções em itens básicos como tomate, cebola e arroz. O grupo Transportes também caiu 0,25%, com queda no seguro de veículos e passagens aéreas.

Economistas avaliam que, apesar da pressão nos preços administrados, a composição do índice mostra sinais de alívio inflacionário. A expectativa é que o Banco Central inicie cortes na taxa Selic no primeiro trimestre de 2026, atualmente em 15%.