O Exército de Israel realizou novos bombardeios na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (19), alegando que o Hamas cometeu violações ao acordo de cessar-fogo em vigor. Autoridades locais informaram que ao menos 11 palestinos morreram e mais de 20 ficaram feridos nos ataques.

Segundo o comunicado militar israelense, membros do Hamas teriam aberto fogo contra tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF) que operavam em Khan Yunis. Embora não tenha havido soldados feridos, o episódio foi classificado como quebra do acordo. Em resposta, Israel disse ter iniciado uma série de bombardeios contra alvos do grupo em diferentes pontos do território.

A Defesa Civil de Gaza, administrada pelo Hamas, confirmou o número de mortos e atribuiu as vítimas aos ataques israelenses. Até a última atualização, o Hamas não havia se pronunciado sobre a ofensiva. Esta é a terceira ruptura do cessar-fogo desde que o plano proposto pelo presidente Donald Trump começou a ser implementado, há pouco mais de um mês. Em todas as ocasiões, Israel sustentou que agiu após violações cometidas pelo grupo.

O conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023 após o ataque do Hamas a Israel — que deixou mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados —, levou a uma ofensiva militar israelense de grande escala, com incursão terrestre e bombardeios intensos. Desde então, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, aproximadamente 69,5 mil palestinos morreram e mais de 170 mil ficaram feridos, números reconhecidos pela ONU.

A trégua atual havia começado em 13 de outubro e vinha sendo mantida apesar de tensões esporádicas. As novas explosões voltaram a elevar a fumaça nos céus de Gaza, reacendendo preocupações sobre a estabilidade do acordo e o futuro das negociações na região.