Foto: Jornal Nacional/ Reprodução
Wednesday, 25 de June de 2025 - 16:16:44
Itamaraty não arcará com custos para trazer corpo de brasileira morta em trilha na Indonésia
TRANSLADO DE CORPO NÃO É COBERTO PELO GOVERNO

A família da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, será responsável por custear o translado do corpo da jovem, encontrada morta após cair de um penhasco na trilha do Monte Rinjani, na Indonésia. A legislação brasileira (Lei 9.199/2017) não prevê cobertura pelo Itamaraty para esse tipo de despesa, exceto em situações médicas específicas ou de emergência humanitária.

Juliana estava desaparecida há quatro dias quando seu corpo foi localizado a cerca de 600 metros abaixo da trilha. Três servidores da embaixada do Brasil em Jacarta foram deslocados para o local — a 1.200 km da capital — para acompanhar o resgate, que levou quase um dia para ser concluído. A autópsia será feita em outra cidade, com mais duas horas de deslocamento.

Segundo o Itamaraty, os contatos com autoridades indonésias foram bem-sucedidos, apesar de relatos da família sobre dificuldades na operação, como a falta de cordas longas o suficiente para levar suprimentos a Juliana. O governo brasileiro vai investigar as condições do resgate e, posteriormente, eventuais responsabilidades ou negligências.

O caso pode influenciar na revisão das recomendações consulares a turistas de aventura. Atualmente, as orientações são genéricas e deixam claro que o viajante assume os riscos ao explorar áreas perigosas, já que a assistência consular é limitada. A diplomacia brasileira pretende reforçar as diretrizes para esse tipo de viagem, incluindo critérios para contratação de guias e equipamentos.

A morte de Juliana chamou atenção nas redes sociais, que cobraram explicações rápidas. O Itamaraty, porém, reforça que os procedimentos diplomáticos têm prazos distintos e que decisões baseadas em emoção ou pressão pública podem comprometer análises técnicas.

Texto/Fonte: G1