O juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da segunda vara criminal de Cuiabá, decidiu pela desinternação de Lumar Costa da Silva, 34 anos, que em 2019 matou sua tia, Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e arrancou o coração da vítima em Sorriso. Lumar estava internado no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Cuiabá desde sua prisão, mas agora será transferido para Campinápolis (SP), onde continuará o tratamento ambulatorial sob os cuidados do pai.

Segundo o hospital Adauto Botelho, em Cuiabá, Lumar estava apto para alta hospitalar desde maio do ano passado, necessitando apenas de acompanhamento ambulatorial. A defesa alegou que ele sempre precisou de tratamento e não prisão, e que a continuidade do acompanhamento no CAPS de Campinápolis, junto ao convívio familiar, é fundamental para sua ressocialização.

O magistrado ressaltou que não há necessidade de internação, mas que Lumar deve permanecer em tratamento ambulatorial intensivo com acompanhamento médico psiquiátrico e supervisão legal, além do envio regular de relatórios ao juízo. Ele passará por nova avaliação após um ano.

No momento do crime, Lumar afirmou ter usado drogas e ouvido vozes, o que o teria levado a cometer o homicídio. Após prisão e transferência para tratamento psiquiátrico, agora o regime de internação foi substituído por acompanhamento fora do hospital.