Foto: Reprodução/TV Globo
Tuesday, 24 de June de 2025 - 07:48:14
Juliana Marins aguarda socorro há mais de 72 horas em fenda de vulcão; pai enfrenta dificuldades para viajar devido a conflito no Oriente Médio
FAMÍLIA COBRA AGILIDADE EM RESGATE DE BRASILEIRA PRESA EM PENHASCO NA INDONÉSIA

Juliana Marins, brasileira de 34 anos, permanece há mais de 72 horas presa em um penhasco no Monte Rinjani, em Lombok, na Indonésia, à espera de resgate. A família denuncia lentidão nas operações e se desespera com a situação. “Cada segundo conta. Juliana precisa de tudo muito rápido e não está sendo”, disse sua irmã, Mariana Marins.

De acordo com as autoridades indonésias, a jovem foi localizada por drones com sensor térmico em uma área a 500 metros de onde havia sido avistada anteriormente. Equipes de resgate chegaram a descer 250 metros por cordas, mas ainda faltam 350 metros para alcançar o local exato onde Juliana está. A operação foi interrompida devido ao mau tempo e à constatação de que as cordas utilizadas eram curtas demais.

Preso no aeroporto de Lisboa por causa do fechamento do espaço aéreo do Catar, em decorrência de um conflito no Oriente Médio, o pai de Juliana, Manoel Marins, tenta seguir viagem para acompanhar a situação de perto. “Continuamos confiando em Deus. Queremos e precisamos chegar até ela”, declarou.

Inicialmente, a família foi informada de que Juliana teria recebido água e comida, mas a informação foi desmentida posteriormente. A irmã da vítima afirma que ela segue sem abrigo, alimentos ou hidratação, em um local de difícil acesso e sob frio intenso.

A diferença de fuso horário de 10 horas entre Brasil e Indonésia tem dificultado a comunicação e o acompanhamento da operação. O Itamaraty informou que o embaixador brasileiro em Jacarta entrou em contato com o governo local para pedir reforço imediato no resgate.

Juliana caiu em uma fenda no segundo dia de trilha guiada pelo vulcão. Segundo familiares, o guia teria abandonado a brasileira sozinha após ela relatar cansaço. A demora nas ações e a falta de infraestrutura adequada têm gerado revolta e comoção entre parentes e apoiadores nas redes sociais.

Texto/Fonte: G1