O laudo da autópsia realizada em Juliana Marins, brasileira que morreu após cair em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, concluiu que ela sofreu fraturas múltiplas e lesões internas graves, que causaram sua morte em menos de 20 minutos após o impacto. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (27) por autoridades indonésias.
De acordo com o médico-legista Ida Bagus Putu Alit, que conduziu o exame no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, os ferimentos foram extensos e atingiram diversos órgãos, especialmente no tórax. “Os indícios mostram que a morte foi quase imediata”, declarou ele. Segundo o especialista, não houve sinais de hipotermia no corpo, o que reforça a hipótese de morte rápida.
A chegada do corpo ao hospital em Bali ocorreu por volta das 11h35 (horário de Brasília) na quinta-feira (26), após ser transferido de ambulância da província onde fica o Monte Rinjani, local do acidente. A transferência foi necessária porque a região não contava com peritos capacitados para realizar a autópsia.
Juliana Marins caiu por volta das 6h30 da manhã do sábado (21), em um trecho íngreme e perigoso conhecido como Cemara Nunggal, cercado por desfiladeiros. A queda foi em direção ao lago Segara Anak, e sua profundidade é estimada em centenas de metros. Autoridades locais chegaram a afirmar que ela ainda estava viva após o acidente, o que foi reforçado por vídeos e imagens de drones feitos por trilheiros que circulam nas redes sociais.
A equipe de resgate só conseguiu se aproximar de Juliana na terça-feira (24), quando foi declarada morta. O corpo foi retirado do local apenas no dia seguinte, quarta-feira (25), após dias de buscas prejudicadas pelo mau tempo e pelas condições extremas da região.
A tragédia continua gerando comoção no Brasil e críticas à atuação das autoridades indonésias, especialmente pelo tempo que o resgate levou para ser realizado. Familiares da publicitária e internautas questionam se a lentidão do socorro pode ter contribuído para a morte da jovem.