A chancelaria da Coreia do Norte criticou duramente o plano dos Estados Unidos de lançar o sistema de defesa antimísseis chamado "Domo de Ouro", que tem o objetivo de proteger o país contra ameaças aéreas avançadas, como mísseis balísticos e de cruzeiro. Pyongyang qualificou o projeto como uma obsessão americana pela militarização do espaço e afirmou que ele pode desencadear uma corrida global armamentista nuclear e espacial.
O regime norte-coreano, que considera os EUA seu inimigo, vê no "Domo de Ouro" uma ameaça capaz de enfraquecer significativamente seu arsenal nuclear. Segundo o analista Hong Min, se o programa dos EUA for concluído, a Coreia do Norte será forçada a desenvolver novas tecnologias para superar ou neutralizar essa defesa.
Desde 2022, a Coreia do Norte se declarou oficialmente como potência nuclear e tem testado mísseis balísticos e de cruzeiro, incluindo um míssil com ogiva hipersônica capaz, segundo Pyongyang, de conter qualquer rival na região do Pacífico.
Além da Coreia do Norte, a China também expressou preocupação com o projeto, classificando-o como ofensivo e afirmando que prejudica o equilíbrio e a estabilidade estratégica global, enquanto os EUA buscam segurança absoluta para si mesmos.
O programa "Domo de Ouro" dos EUA enfrenta ainda desafios técnicos e políticos, além do alto custo estimado. Atualmente, o governo americano reservou cerca de US$ 25 bilhões para o desenvolvimento inicial, mas o custo total pode chegar a até 20 vezes esse valor nas próximas décadas.