A brasileira Kira Salim, de 34 anos, morreu após ser atropelada durante um festival de rua em Vancouver, no Canadá, no domingo (27). A informação foi confirmada por familiares. Outras dez pessoas também morreram no incidente. O motorista, preso no local, teve o nome divulgado nesta segunda-feira (28) como Kai-Ji Adam Lo, de 30 anos.
Kira nasceu no Rio de Janeiro, filha de mãe argentina e pai gaúcho. Estudou no tradicional Colégio Pedro II e se formou em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) em 2015. Posteriormente, fez mestrado em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e Educação pela Universidad Europea del Atlántico, na Espanha.
Em 2022, ela se mudou para o Canadá, acompanhada do marido, de uma cachorrinha resgatada no Brasil e de cinco gatos. Kira possuía registro como conselheira clínica pela Associação de Conselheiros Clínicos da Colúmbia Britânica (BCACC) e trabalhava desde 2024 como conselheira escolar na Fraser River Middle School, na cidade de New Westminster, na região metropolitana de Vancouver.
Em suas redes sociais, Kira afirmava que sua missão era “facilitar e orientar jovens e comunidades marginalizadas para prosperarem em suas vidas”. Além da atuação como conselheira, também deu aulas de música para o ensino médio, ministrando aulas de banda, coro e música geral. Segundo familiares, ela se dedicava especialmente à adaptação de métodos de ensino para alunos neurodivergentes e para estudantes com deficiência.
Sem filhos, Kira era engajada em causas de defesa dos direitos humanos, e da proteção animal.
Motorista agiu sozinho, diz polícia
Segundo o chefe interino da polícia de Vancouver, Steve Rai, o atropelamento não teve motivação terrorista. “Neste momento, estamos confiantes de que o incidente não foi um ato de terrorismo”, afirmou em coletiva de imprensa.
A polícia informou que o motorista Kai-Ji Adam Lo agiu sozinho no ataque. Além dos 11 mortos, mais de 20 pessoas ficaram feridas, entre elas crianças. As idades das vítimas fatais variam entre 5 e 65 anos.
Lo foi indiciado por homicídio e segue sob custódia. As investigações sobre o que motivou o atropelamento continuam.