O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, deu esta segunda-feira posse ao novo comandante-geral da GNR, o tenente-general Rui Veloso, e ao novo diretor nacional da PSP, o superintendente-chefe Barros Correia.
"Como vários relatórios o evidenciam (...), Portugal é um país pacífico e seguro, e assim tem de continuar a ser. Tem de prosseguir a melhoria da capacidade operacional das forças de segurança", declarou o governante na tomada de posse.
"Prosseguir a melhoria da capacidade operacional das forças de segurança é um objetivo político do Governo. A segurança é um fator fundamental da soberania nacional e condição essencial à plena realização de uma cidadania humanista e comprometida com o desenvolvimento democrático", disse, continuando: "Convoca-nos para continuarmos a fazer um caminho de permanente adaptação das forças de segurança a novos e exigentes desafios".
Enaltecendo o "justo reconhecimento" aos anteriores responsáveis de PSP e GNR, Magina da Silva e Santos Correia, respetivamente, o governante salientou o papel essencial destas forças de segurança "na defesa dos valores constitucionais e na promoção da coesão social e territorial", além das "provas de consolidação" do sistema de segurança interna.
"Temos melhorado a eficiência operacional, valorizado aqueles que zelam pela segurança de todos nós e procurado mobilizar as novas gerações para uma carreira ao serviço da segurança", observou, sem deixar de referir, perante o primeiro-ministro, que "muitas das transformações" nas duas forças de segurança se devem a António Costa.
Quem são os novos dirigentes?
Os nomes dos dois novos dirigentes foram anunciados em 27 de agosto pelo Governo, que justificou as nomeações com "o facto de o atual responsável da GNR, tenente-general Santos Correia, atingir o limite de idade de passagem à reserva a 31 de agosto e, também, pela circunstância de o responsável da PSP, superintendente-chefe Magina da Silva, ter solicitado a cessação de funções".
O tenente-general Rui Veloso, 53 anos, foi promovido ao atual posto no dia 16 de agosto de 2023 e vai ser o primeiro comandante-geral da GNR oriundo da própria Guarda, até agora comandada por oficiais generais do Exército.
A escolha foi saudada pela Associação dos Profissionais da Guarda (ASP/GNR), enquanto a Associação Nacional dos Sargentos da GNR (ANSG) instou o novo Comando a mostrar ações concretas, com novas ideias e abordagens.
O superintendente-chefe Barros Correia, 58 anos, ocupa desde 2018 o cargo de secretário-geral dos Serviços Sociais da PSP, tendo exercido as funções de presidente do Grupo de Cooperação Policial da União Europeia durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, comandante regional dos Açores e oficial de ligação do Ministério da Administração Interna na Embaixada de Portugal na República Democrática de São Tomé e Príncipe.
Ao reagir à nomeação, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) destacou a "árdua tarefa" que o futuro diretor nacional, o superintendente-chefe Barros Correia, terá pela frente, dado o estado em que se encontra aquela força de segurança.