Durante reunião em Pequim, o presidente Lula afirmou que a relação entre Brasil e China "nunca foi tão necessária" diante de um cenário internacional instável. Ao lado do presidente Xi Jinping, Lula criticou o protecionismo, o unilateralismo e as guerras comerciais, reforçando a defesa de um comércio justo sob as regras da OMC.
Xi também se manifestou contra disputas tarifárias e reiterou a parceria estratégica com o Brasil. Os dois líderes defenderam o multilateralismo e anunciaram posições comuns sobre conflitos globais: pedem uma solução política para a guerra na Ucrânia e reforçam o apoio à criação de um Estado palestino viável.
A visita rendeu a assinatura de 20 acordos bilaterais nas áreas de agricultura, ciência, aeroespacial e tecnologia, além de R$ 27 bilhões em novos investimentos chineses no Brasil — incluindo projetos em energia renovável, indústria automotiva e delivery.
O Brasil reafirmou ainda sua adesão à política de “Uma Só China”, reconhecendo Taiwan como parte do território chinês. A delegação brasileira contou com 11 ministros, parlamentares e cerca de 200 empresários, com o objetivo de ampliar a cooperação comercial e atrair investimentos.