O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (24) em Nova York com líderes do Chile, Colômbia, Espanha e Uruguai para discutir estratégias de defesa da democracia, combate ao extremismo e fortalecimento do multilateralismo. O encontro, realizado em paralelo à Assembleia Geral da ONU, contou com representantes de cerca de 30 países.

Diferentemente da primeira edição do fórum, em 2024, os Estados Unidos não participaram. Na ocasião, o governo Joe Biden havia sido convidado, mas neste ano os organizadores não cogitaram incluir Washington, e a gestão de Donald Trump também não demonstrou interesse.

No mesmo dia, Trump discursou logo após Lula na Assembleia Geral. O americano afirmou que conversou rapidamente com o presidente brasileiro e que ambos acertaram uma reunião para a próxima semana, possivelmente por telefone ou videoconferência.

A diplomacia brasileira, no entanto, adota cautela. O Itamaraty orienta que a preparação seja minuciosa para evitar constrangimentos, como os já enfrentados por líderes estrangeiros em encontros com Trump, entre eles o ucraniano Volodymyr Zelensky e o sul-africano Cyril Ramaphosa.

Essa é a primeira viagem de Lula aos Estados Unidos desde a posse de Trump, em janeiro, em meio a uma crise diplomática marcada pela imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).