Os protestos, iniciados no último sábado e intensificados na última quarta-feira (1°), resultaram em três mortes confirmadas, além de 354 feridos — sendo 28 civis e 326 policiais — e 409 prisões, segundo autoridades marroquinas.
Lqliaa (470 km de Rabat): duas mortes e feridos quando policiais dispararam contra manifestantes que tentavam roubar armas.
Região metropolitana de Rabat e Salé: saques, incêndios de carros e lojas, confrontos com a polícia.
Outras cidades: Tânger, Souss, Marrakech e Taroudant registraram violência e ataques a bancos e prédios públicos.
Casablanca, Oujda e Taza: manifestações pacíficas, com protestos contra corrupção e pedido de renúncia do primeiro-ministro Aziz Akhannouch.
O movimento é liderado por jovens da Geração Z, principalmente pelo grupo anônimo GenZ 212, que mobiliza protestos via TikTok, Instagram e Discord. O grupo diz rejeitar a violência, afirmando que os protestos têm alvo no governo e não nas forças de segurança.
Taxa de desemprego geral: 12,8%.
Desemprego juvenil: 35,8%.
Desemprego entre graduados: 19%.
Os manifestantes cobram reformas sociais, inspirados por movimentos juvenis em outras regiões do mundo e motivados pelo contexto econômico e social, semelhante ao que ocorreu no Brasil antes da Copa de 2014.
O governo afirma que respeita o direito de protestar dentro da lei e promete agir com contenção e diálogo.