O empresário Antenor Alberto de Matos Salomão, marido da juíza Maria das Graças Gomes da Costa, foi indiciado pelo feminicídio da bancária Leidiane Souza Lima, de 24 anos, assassinada no final de janeiro de 2023, em Rondonópolis (218 km de Cuiabá). Nesta terça-feira (7), a Polícia Civil anunciou o fim do inquérito com o indiciamento do suspeito e representação pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva. 

De acordo com as informações da PJC, o pedido, inclusive, já passou pelo crivo do Poder Judiciário na tarde desta terça-feira. Na decisão, foi deliberada a manutençã da prisão, agora convertida para preventiva, do assassino de Leidiane.  

O crime aconteceu no dia 27 de janeiro deste ano, por volta das 07h30, quando Leidiane saía de casa para o trabalho. Ao se aproximar do veículo dela, a bancária foi surpreendida por um homem de capacete que fez vários disparos de arma de fogo contra a vítima, inclusive, após ela já estar caída. Leidiane morreu no local.

O suspeito do crime, por sua vez, foi preso quase 10 dias depois, no dia 6 de fevereiro depois que as oitivas realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis levaram à representação pela prisão temporária. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, oportunidade em que foram apreendidos alguns objetos úteis à apuração do crime.

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O autor do homicídio teve um relacionamento extraconjugal com a vítima. O casal chegou a ter uma filha, atualmente com três anos de idade.

CRIME PREMEDITADO

A investigação da morte de Leidiane Souza Lima apontou que o crime foi minuciosamente premeditado pelo ex-amante da bancária.

A motivação para o homicídio, conforme apurou a Polícia Civil, decorreu do fato de que Antenor ainda teria sentimento amoroso pela vítima e não teria sido correspondido, além de ambos estarem em litígio em relação à guarda judicial da filha.

As investigações para apuração do homicídio qualificado contaram com o apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Rondonópolis.

Ao final do inquérito, o delegado João Paulo Praisner indiciou o empresário pelo crime de homicídio qualificado (feminicídio) e representou pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva. O autor do assassinato de Leidiane segue preso na Penitenciária Regional Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis.