O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luis Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (18.8), em Cuiabá, que Mato Grosso figura entre os oito estados com a melhor educação pública do Brasil. A declaração ocorreu durante o lançamento do projeto Diálogos com as Juventudes, realizado na Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Muller.

Segundo Barroso, a escolha da instituição para o início do projeto não foi por acaso. “Mato Grosso é, em termos econômicos, uma das locomotivas do Brasil. É o maior produtor de soja, e a educação não fica para trás. O estado está quase no topo, entre os oito melhores do país. Por isso, escolhi o Liceu Cuiabano para o pontapé inicial deste projeto”, ressaltou.

A iniciativa busca aproximar o Judiciário dos jovens, incentivando o debate sobre cidadania e direitos. Com o tema “Como fazer a diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo”, o projeto contempla palestras em dez escolas públicas do país, além de oficinas conduzidas por magistrados.

O governador Mauro Mendes destacou a relevância da visita. “Receber o ministro Barroso em nosso estado, em uma escola tão tradicional, é uma honra. Esse reconhecimento mostra que estamos no caminho certo, colhendo resultados na educação”, afirmou.

O secretário de Educação, Alan Porto, também reforçou o compromisso da gestão. Segundo ele, a meta é posicionar Mato Grosso entre as cinco melhores redes públicas do país até 2026. “A participação dos jovens é essencial, pois é nesse espaço que fortalecem sua identidade e compreendem o poder de suas escolhas, tornando-se protagonistas de transformações sociais e culturais”, disse.

As palestras do Diálogos com as Juventudes abordarão temas como equidade e diversidade étnico-racial, cidadania digital, justiça climática e territorial, arte, cultura e direitos humanos. O conteúdo será complementado com materiais pedagógicos específicos, incluindo cartilhas temáticas.

A metodologia desenvolvida será sistematizada para permitir sua replicação em outros contextos, ampliando os resultados. A proposta integra o Programa Justiça Plural, uma parceria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e conta com apoio técnico da organização social Viração Educomunicação.