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Quarta, 20 de janeiro de 2021 - 09:15:16
Mauro cita hospitais lotados e alerta prefeitos em MT: "não podem ser omissos"
COMBATE AO COVID-19
Governador editou decreto limitando público em eventos no Estado

O governador de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) afirmou que não vai ser omisso a nova onda de contaminação da covid-19, e por conta disso, decretou novas medidas restritivas aos municípios do Estado. Durante entrevista à imprensa nesta terça-feira (19), o chefe do Executivo enfatizou que a medida tenta evitar o “estrangulamento” do sistema estadual de saúde. 

“O aumento de casos e mortes é notório. Começamos a vacinação ontem, mas ainda não é suficiente para atender toda a população. Hoje, o único remédio eficaz é o distanciamento social. Por isso editamos um decreto para chamar a responsabilidade de todos os atores do poder público, tendo em vista que há uma tendência no crescimento de casos que pode levar o estrangulamento do sistema de saúde”, disse o democrata, durante a assinatura do convênio para reforma de escolas e aquisição de veículos e equipamentos escolares.

O chefe do Palácio Paiaguás seguiu dizendo que a principal preocupação está relacionada a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para atender pacientes em estado grave da doença, que já ultrapassa a casa dos 70%. “Estamos com alguns hospitais com diferentes níveis de ocupação, alguns mais, outros menos. No entanto, isso nos obriga a ter outros comportamentos”, complementou o governador.

A fala ocorre após publicação do novo decreto do Governo de Mato Grosso que impõe novas medidas para prevenção e avanço do contágio do novo coronavírus. No documento, o chefe do Executivo proíbe, nos próximos 45 dias, a realização de eventos sociais, festas, shows, atividades em casas noturnas e confraternizações com mais de 100 pessoas em espaços privados ou públicos. 

Quanto às atividades em bares, restaurantes e congêneres, está permitida a realização desde que com o máximo de 50% da capacidade do local, “tendo como base o metro quadrado e o espaçamento de 1,5m (um metro e meio) entre as mesas/assentos”.

Na tarde desta segunda-feira (19), o prefeito da capital Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que vai ouvir o Governo de Mato Grosso “em alguns pontos”, mas deixou claro que não é obrigado a seguir as determinações impostas no documento devido a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu autonomia aos municípios. No mesmo dia, o gestor municipal também descartou decretar um novo lockdown na cidade. 

Questionado sobre as declarações do emedebista, Mendes reforçou que “os prefeitos municipais deverão obrigatoriamente adotar as medidas”, ou terão que ser “responsabilizados por qualquer tipo de omissão” à saúde da população. 

“Qualquer prefeito tem que responder pelos seus atos. Se houver a omissão de algum desses entes, eles poderão ser responsabilizados. O que o Governo de Mato Grosso está fazendo é não se omitir diante de suas responsabilidades”, concluiu.

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