A melatonina, conhecida como o “hormônio do sono”, é produzida naturalmente pela glândula pineal e desempenha papel fundamental na regulação do ritmo biológico, preparando o corpo para dormir. Sua produção se intensifica à noite, na ausência de luz, e diminui durante o dia.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a venda do hormônio em farmácias para maiores de 19 anos, com limite diário de 0,21 mg. No entanto, especialistas alertam para os riscos do uso indiscriminado e reforçam que a suplementação deve ser feita com acompanhamento médico.
A melatonina pode ser indicada em casos específicos, como distúrbios do ritmo circadiano, deficiência visual e transtorno do espectro autista (TEA). Em adultos saudáveis com insônia, sua eficácia é considerada limitada, e ela não deve ser o tratamento principal.
Apesar de comercializada como suplemento alimentar, a melatonina é um neuro-hormônio e, por isso, não deve ser usada com a mesma liberdade que vitaminas. A ingestão inadequada pode desregular o sono, causar sonolência diurna, náuseas, tontura, dor de cabeça, alterações de humor e até distúrbios metabólicos.
Para estimular a produção natural de melatonina, especialistas recomendam hábitos como exposição ao sol durante o dia, redução da luz artificial à noite e afastamento de telas pelo menos duas horas antes de dormir.