O “morango do amor” tem ganhado popularidade nas redes sociais e nas confeitarias brasileiras, mas fazer a versão caseira do doce não tem sido tarefa simples para muitos. A combinação do morango fresco, brigadeiro e uma calda vermelha de açúcar que endurece em uma crosta crocante desafia quem tenta reproduzir a receita em casa.
Manuela Lula, arquiteta e influenciadora digital de Feira de Santana (BA), relatou ao g1 suas tentativas frustradas: “Não sou boa na cozinha, mas gosto muito de doce. Na primeira vez, errei o ponto porque não esperei o brigadeiro esfriar, e o resultado ficou muito mole. Na segunda, usei açúcar mascavo e corante líquido em vez do tradicional em gel, e a calda ficou muito grossa, grudando nos dentes”, explicou Manuela, que pretende tentar novamente a receita.
Outro relato semelhante veio do influenciador digital Hawk, de Ipiaú (BA), cuja família também experimentou a receita e enfrentou dificuldades com os pontos da calda e do beijinho, ingredientes que exigem técnicas específicas para dar certo. Apesar do resultado visual abaixo do esperado, a família aprovou o sabor e pretende tentar novamente.
Enquanto muitos enfrentam dificuldades para preparar o doce, a baiana Verônica Oliveira, que mora nos Estados Unidos e é dona de restaurantes em Massachusetts, aproveitou o sucesso viral para lançar o “morango do amor” em seu cardápio. Desde o lançamento, já vendeu 800 unidades e conta com uma lista de espera de 500 clientes. O doce é comercializado a US$ 6,36, com faturamento superior a US$ 5 mil em poucos dias.
No Brasil, o doce inspirado na maçã do amor vem conquistando espaço em confeitarias como a de Priscilla Diniz, em Salvador e Feira de Santana. Segundo a confeiteira, o “morango do amor” rapidamente virou um sucesso, especialmente após a divulgação espontânea por influenciadores digitais, tornando-se um dos produtos mais vendidos nas lojas, onde custa cerca de R$ 17,90.
Assim, o “morango do amor” é mais do que uma receita — virou fenômeno entre quem tenta fazer em casa, enfrentando desafios culinários, e empreendedores que veem nele uma oportunidade de negócio.
