O Ministério Público da Paraíba iniciou investigações sobre o influenciador Hytalo Santos após denúncias de vizinhos do condomínio onde ele mora, que relataram festas com álcool e adolescentes, incluindo situações de topless e exibição de tatuagens. Segundo a promotora Ana Maria França, as apurações começaram no final de 2024 a partir dessas queixas.
A Justiça determinou que os conteúdos do influenciador sejam desmonetizados, impedindo que gerem receita. Hytalo foi ouvido pelo MP em maio de 2025, mas negou as acusações. As vítimas não prestaram novos depoimentos para evitar revitimização, já que tinham sido ouvidas em outro processo relacionado à exposição de menores em João Pessoa.
O MP também investiga se Hytalo oferecia celulares, pagamento de aluguel de casas e mensalidades escolares a familiares de adolescentes em troca de emancipação para participação em vídeos. Segundo o promotor João Arlindo Côrrea, cerca de 17 adolescentes participavam dos vídeos, todos emancipados, mas a conexão entre benefícios e emancipação ainda está sendo apurada.
Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube adotaram medidas contra o influenciador: contas foram banidas, vídeos desmonetizados e conteúdos que violavam diretrizes removidos ou restritos a maiores de idade. A conta de Kamylinha Santos, de 17 anos e adotada por Hytalo aos 12, também foi desativada por publicidade de apostas envolvendo menor de idade.
O caso ressalta preocupações sobre a adultização e sexualização de menores nas redes sociais, reforçando a necessidade de monitoramento, proteção e responsabilização de influenciadores que envolvem adolescentes em conteúdos digitais.