Nos arredores de Kiev, um grupo de mulheres ucranianas passou a empunhar armas para defender suas comunidades dos ataques russos. Conhecidas como Bruxas de Bucha, elas atuam em um bairro de classe média que foi palco de massacre durante a invasão russa em 2022, quando cerca de 400 civis foram executados.
A comandante do grupo, criada em uma família militar, diz ter familiaridade com armas desde os seis anos. Outras integrantes vêm de diversas origens — como uma ex-professora de teoria econômica que buscou treinamento militar após fugir para a Áustria com a família e decidir retornar para defender o país.
As combatentes evitam divulgar seus nomes verdadeiros e operam com apelidos de guerra, patrulhando e protegendo o território contra os ataques, principalmente de drones.
“Elas são a resposta à estratégia de medo adotada pela Rússia”, diz uma das integrantes, ressaltando que os danos à vida civil foram deliberadamente causados para tentar quebrar a resistência ucraniana. “A vida normal foi arruinada. Tudo desapareceu.”
O movimento das Bruxas de Bucha simboliza uma resistência civil armada e crescente participação feminina na linha de frente do conflito, que já dura mais de dois anos.