Foto: Polícia Civil de Mato Grosso
Sexta, 04 de novembro de 2022 - 08:56:37
Operação "XEQUE MATE'' apreende mais de R$70 milhões em agrotóxicos roubados.
OPERAÇÃO
Além disso, também foi constatado que a lavagem de dinheiro foi realizada através de compra e venda de veículos de luxo. Um dos acusados trabalhava em uma farmácia, tendo salário de R$ 2,4 mil. Porém, em suas contas bancárias foi movimentado o valor de R$

A Polícia Civil de Sorriso realizou, esta manhã, a operação Xeque Mate, para o cumprimento de 10 mandados de prisão preventiva e 14 de buscas e apreensões domiciliares contra grupo que responde por crimes de associação criminosa, receptação qualificada e lavagem de capitais, movimentando aproximadamente R$ 70 milhões. Inicialmente, o grupo atuava na diluição dos produtos de roubo e furto de defensivos agrícolas. Os mandados são cumpridos nas cidades de Sorriso, Nova Canaã do Norte, Cuiabá e em Toledo (PR). 

Os investigadores identificaram que a associação criminosa armada tinha líder, que agia à frente de vários crimes, especialmente na receptação de defensivos agrícolas. Eles também atuavam na lavagem de dinheiro e foi apurado que os defensivos eram comprados de diversas associações criminosas especializadas nessa atividade, eram revendidos a outros receptadores, os consumidores finais. 

As investigações levaram até um dos integrantes do esquema, identificado como professor de ensino básico. De acordo com a declaração dele à Receita Federal, seu rendimento bruto chegava a quase R$ 10 mil por mês. No entanto, os investigadores constataram que em 38 meses, passaram por suas contas bancárias R$ 6,6 milhões, comprovando que, seu rendimento mensal era cerca de R$ 175 mil, comprovadamente vindos de fontes ilícitas, como o comércio de defensivos agrícolas roubados. 

Além disso, também foi constatado que a lavagem de dinheiro foi realizada através de compra e venda de veículos de luxo. Um dos acusados trabalhava em uma farmácia, tendo salário de R$ 2,4 mil. Porém, em suas contas bancárias foi movimentado o valor de R$ 1,4 milhão, além de morar em uma casa avaliada em R$ 500 mil. 

Outra maneira usada pelo grupo para diluir o dinheiro era compra e venda de joias. O pequeno volume e alto valor de joias, relógios e diamantes tornaram atrativa a atividade para esquentar seus ativos. Um dos integrantes da quadrilha fazia, periodicamente, a oferta de joias para venda, especificamente para traficantes. Além do dinheiro faturado pela empresa ser de origem ilícita, ainda existe uma diferença entre faturamento e movimentação financeira no montante de R$ 55 milhões. 

As investigações comprovaram que uma empresa de comércio de veículos foi criada unicamente para a lavagem de valores da associação criminosa.

Nos 38 meses de atuação da associação criminosa, a Polícia Civil apurou que o patrimônio dos investigados, adquirido com valores lavados nas atividades ilícitas, ultrapassou R$ 70 milhões.

Texto/Fonte: Polícia civil de Mato Grosso.