Em seu primeiro encontro com jornalistas da mídia internacional, nesta segunda-feira (12), no Vaticano, o papa Leão XIV defendeu o papel essencial da imprensa na promoção da paz e pediu o fim da polarização promovida por discursos violentos. Ele também solicitou a libertação de todos os jornalistas presos no mundo e reafirmou o compromisso da Igreja Católica com a liberdade de expressão.
“A paz começa com cada um de nós, com a forma como olhamos, ouvimos e falamos sobre os outros. Precisamos dizer não à guerra de palavras, de imagens”, afirmou o pontífice, destacando a importância de uma comunicação baseada na escuta e no respeito às vozes marginalizadas. Ele alertou para o perigo de discursos extremistas e incentivou uma mídia comprometida com a verdade e a dignidade humana.
Leão XIV também se solidarizou com os profissionais de imprensa encarcerados, dizendo que “o sofrimento dos jornalistas presos desafia a consciência das nações” e é um chamado à defesa da liberdade de imprensa. Segundo a organização Repórteres sem Fronteiras, cerca de 550 jornalistas estavam presos em todo o mundo em dezembro de 2024, e outros 55 estavam sequestrados.
O papa encerrou o encontro falando sobre o uso da Inteligência Artificial, pedindo que ela seja utilizada com “responsabilidade e discernimento” na produção e distribuição de informações.
O discurso foi ovacionado pelos jornalistas presentes e marcou um tom conciliador e progressista na postura do novo pontífice em relação à mídia global.