A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (31) o aumento de R$ 0,22 no preço do diesel a partir deste sábado (1º), alta de 6,29%.
O valor aos distribuidores será em média de R$ 3,72 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras na composição do preço ao consumidor passará a ser de R$ 3,20 /litro, uma variação de R$ 0,19 a cada litro de diesel B”, informou a estatal.
Segundo a Petrobras, este é o primeiro reajuste no preço do diesel aos distribuidores desde outubro de 2023.
“Considerando o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel em R$ 0,77/ litro, uma redução de 17,1%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ -1,20/ litro ou 24,5%”, disse a companhia.
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O aumento de preços dos combustíveis foi tema em reuniões do governo e da Petrobras nesta semana.
Na segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para discutir a possibilidade de reajuste nos preços dos combustíveis.
Também participaram os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia).
Segundo apuração do analista de economia da CNN, Victor Irajá, a estatal via necessidade para aumentos na gasolina devido ao recuo do dólar nas últimas semanas, que voltou a performar abaixo de R$ 6.
Já a alta valor do diesel, que está com maior defasagem, era considerada.
Na quarta-feira (29) foi a vez do conselho de administração da empresa se reunir.
Ele também disse não ter preocupação com um possível movimento de caminhoneiros por causa da alta do preço dos combustíveis.
“Eu não autorizei o aumento do diesel. Porque desde o meu primeiro mandato que eu aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e derivados de petróleo é a Petrobras e não o presidente da República. […] Se ela [Petrobras] fizer reajuste, ainda será menor do que dezembro de 2022”, disse em entrevista a jornalista no Palácio do Planalto.
Um reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) começa a vigorar no sábado (1º). O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários da Fazenda dos estados e do Distrito Federal, aprovou o aumento no preço dos combustíveis no fim de 2024.
A mudança incomodou os caminhoneiros. Lideranças nacionais da categoria devem debater o reajuste em encontro no dia 8 de fevereiro, no Porto de Santos, em São Paulo.
“Se tiver uma movimentação de caminhoneiros, eu vou fazer o que sempre fiz a vida inteira: vamos conversar com os caminhoneiros […] Não temos nenhuma preocupação, nós vamos conversar com todo e qualquer setor que tiver qualquer problema com o governo. Nada que seja alarmante se a gente tiver disposição de conversar e nós temos disposição de conversar. Os caminhoneiros só tem que saber da verdade: o preço do diesel em dezembro de 2022 e o preço agora. Ele sabe que está mais barato”, declarou Lula.
Um reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis começa a vigorar neste sábado (1º).
A alta foi aprovada no final de 2024 pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários da Fazenda de todas as Unidades Federativas.
A alíquota cobrada sobre os combustíveis será elevada para:
“O motivo parece ser arrecadatório, associado ao entendimento de que o valor atual está defasado, quando comparado com preços praticados fora do Brasil”, pontua Hélder Santos, especialista em gestão tributária da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).
Dados do economista Adriano Pires, fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), apontam que a gasolina está com defasagem de 7,54% e o diesel acumula um atraso de 15,15% em relação aos preços internacionais.