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Quarta, 14 de setembro de 2022 - 21:04:59
PJC: bandidos gastaram R$ 500 mil para fazer túnel perto da PCE
TENTATIVA DE FUGA

O túnel escavado em uma residência perto da Penitenciária Central do Estado (PCE) custou cerca de R$ 500 mil. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (14) pelo delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.

 

O túnel foi descoberto nessa terça-feira (13) e resultou na prisão de 12 pessoas – nove adultos e três adolescentes. A casa, no Bairro Pascoal Ramos, fica a cerca de 90 metros de um dos muros da PCE. 

 

De acordo com o delegado, o grupo estava há 20 dias na residência, alugada em nome de um mestre de obras, cooptado por uma facção criminosa, responsável por organizar e coordenar a escavação do túnel. 

 

Todas estas informações foram coletadas em entrevistas preliminares com os suspeitos e serão apuradas no decorrer da investigação.

 

 

“Com a prisão dos 12 suspeitos, as investigações da GCCO seguem e para apurar novas informações, como a participação de outras pessoas e, com certeza, chegar aos responsáveis pela contratação da empreitada criminosa”, disse o delegado. 

 

A GCCO chegou à localização da casa, no Bairro Jardim Industriário 1, após a Polícia Civil receber uma informação pelo disque denúncia 197.

 

Equipes da unidade especializada se dirigiram ao local para averiguar a denúncia e surpreenderam um grupo de nove homens e três mulheres na residência, trabalhando em diversas funções de suporte e execução para cavar o túnel em direção à unidade prisional. 

 

Na residência estavam armazenados dezenas de sacos de areia e outros materiais retirados do túnel, que já tinha aproximadamente 30 metros escavados, conforme os próprios suspeitos informaram. Foram apreendidos materiais usados na escavação, como pás e picaretas, entre outras ferramentas, além de cestas básicas e reservatórios de água. 

  

 

Os responsáveis pela escavação vieram do Piauí para a empreitada criminosa - três deles têm passagens criminais por delitos como roubo, furto e violência doméstica. 

 

O grupo trabalhava isolado, sem sair da casa. Para isso, estocaram alimentos e água suficientes para o abastecimento dos 12 suspeitos. 

 

As mulheres detidas, uma adolescente e uma adulta, eram responsáveis por fazer a alimentação do grupo e ajudar em outras atividades na residência. 

 

A estrutura era patrocinada por uma facção criminosa, conforme a GCCO.

 

Texto/Fonte: Midia News