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Quinta, 16 de fevereiro de 2023 - 09:27:08
Polícia Civil conclui investigação e indicia oito criminosos pela execução de maranhenses em Cuiab
POLÍCIA CIVIL
Os indiciados responderão por sequestros e homicídios qualificados, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá concluiu nesta quarta-feira (15) o inquérito da Operação Kalypto, que investigou os sequestros e assassinatos de quatro vítimas do estado do Maranhão, mortas há quase dois anos, na Capital. Oito investigados foram indiciados pelos crimes de sequestros e homicídios qualificados, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa. Uma pessoa foi indiciada por falso testemunho e responde em liberdade.

Dos nove mandados de prisão temporária, decretados na deflagração da Operação Kalypto, oito deles foram cumpridos. O delegado responsável pelo inquérito, Caio Fernando Albuquerque representou à Justiça pela conversão das prisões temporária em preventivas. Um dos autores dos crimes, Gabriel Ítalo da Silva Costa, está com a prisão decretada e é procurado pela Polícia Civil.

As mortes de Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, 20 anos, foram ordenadas por uma facção, que determinou um ‘tribunal do crime’ porque julgou que as vítimas pertenciam a um grupo rival e, desta forma, resolveu assassinar os rapazes – dois irmãos, um cunhado e um amigo.

Os quatro maranhenses residiam em um conjunto de quitinetes no bairro Jardim Renascer, em Cuiabá, de onde foram retirados à força no dia 2 de maio de 2021, por um grupo armado, todos integrantes de uma organização criminosa.

As investigações para apurar o desaparecimento das vítimas tiveram início pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, onde foram apuradas diversas informações que colaboraram com as investigações posteriores. Posteriormente, as investigação preliminar foi encaminhada ao cartório da delegacia responsável por apurar homicídios com indicativos de praticados por organizações criminosas.

“Foi um caso complexo, inicialmente porque não havia (e ainda não há) os corpos, necessário à materialidade direta. Além disso, como ocorre nesse tipo de crime, muitas pessoas não quiseram dar informações. Contudo, conseguimos trazer para o inquérito corajosos depoimentos de familiares, ouvidos no Maranhão, para onde foram ‘tocados’ pelos criminosos, logo após os homicídios. Desta família, em Cuiabá, só ficaram os restos mortais. Outros ricos depoimentos foram coletados e subsidiaram o desfecho alcançado na investigação”, apontou o delegado Caio Fernando.

Texto/Fonte: Assessoria | Polícia Civil-MT