A Polícia Civil do Rio de Janeiro negou nesta terça-feira (4) que Penélope, conhecida como “Japinha” ou “musa do crime”, esteja entre os mortos da megaoperação realizada no estado. Segundo a corporação, o corpo que circulou nas redes sociais como sendo dela pertence, na verdade, a Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia.
Em nota oficial, a polícia afirmou que “nenhuma mulher está entre os mortos” e que Ricardo tinha dois mandados de prisão em aberto por crimes cometidos na Bahia. “A imagem compartilhada era do corpo de Ricardo Aquino dos Santos”, diz o comunicado.
As especulações sobre a morte de Penélope começaram após fotos e vídeos de um corpo circularem online. Conhecida por ostentar armas e roupas militares nas redes sociais, “Japinha” se tornou uma figura de confiança dos chefes do Comando Vermelho, segundo as investigações, atuando na proteção de rotas de fuga e defesa de pontos estratégicos de tráfico.
A operação, considerada uma das maiores já realizadas no estado, resultou na morte de 121 pessoas — 115 já identificadas, sendo 88 com passagens criminais e 66 naturais de outros estados. Quatro policiais também perderam a vida durante os confrontos.
Drones da corporação registraram cenas de intenso tiroteio e o resgate de um delegado ferido. A ação faz parte de uma série de ofensivas contra o crime organizado nas comunidades do Rio de Janeiro.