A Guarda Civil da Espanha apontou, nesta terça-feira (9), que o acidente de carro que vitimou o jogador português Diogo Jota, do Liverpool, e seu irmão André pode ter sido causado por excesso de velocidade. De acordo com a corporação, marcas deixadas na pista por uma das rodas da Lamborghini onde estavam os dois indicam que o veículo trafegava acima do limite permitido — 120 km/h — na rodovia federal em Zamora, no noroeste espanhol.
O acidente aconteceu na madrugada de quinta-feira (3), quando o pneu do carro estourou durante uma ultrapassagem. A principal hipótese das autoridades é de que a colisão foi provocada por uma combinação da velocidade elevada e da falha no pneu.
Diogo Jota foi confirmado como o condutor do veículo no momento do acidente. Ele e o irmão morreram no local, e os corpos foram carbonizados devido ao incêndio que se seguiu à colisão. A identidade das vítimas foi confirmada por documentos encontrados na cena e, posteriormente, por exames de DNA realizados em um necrotério da região.
As chamas se espalharam para a vegetação próxima, exigindo a atuação dos bombeiros para o controle do incêndio. A origem do veículo ainda não foi oficialmente esclarecida, embora circulassem informações nas redes sociais de que o carro seria alugado.
Diogo Jota, de 28 anos, era uma das principais figuras da seleção portuguesa e havia conquistado recentemente a Liga das Nações da UEFA. No Liverpool desde 2020, o atacante foi campeão do Campeonato Inglês, da Copa da Inglaterra e da Copa da Liga.
André Jota, seu irmão, jogava pelo Penafiel, clube da segunda divisão portuguesa, e havia concluído recentemente sua graduação em Gestão.
Após a tragédia, torcedores do Liverpool prestaram homenagens em frente ao estádio Anfield, com flores e faixas. Uma delas trazia a mensagem “Descanse em paz, Jota. YNWA” — referência ao lema do clube: “You’ll Never Walk Alone” (“Você nunca andará sozinho”).