A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou a Operação Relutância, visando desmantelar um grupo criminoso que atuava na importação e distribuição ilegal de cigarros eletrônicos e acessórios. O grupo abastecia Mato Grosso e outras regiões do Centro-Oeste e Norte do Brasil.

A operação envolveu o cumprimento de mandados em várias cidades, incluindo Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sorriso, em Mato Grosso; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; Redenção e Xinguara, no Pará; além de Goiânia, em Goiás.

A Justiça Federal de Rondonópolis emitiu 33 mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de sequestro de bem imóvel e o bloqueio de ativos no valor de R$ 6,4 milhões. Em Rondonópolis, duas pessoas foram presas em flagrante: uma por tráfico de drogas e outra por porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo investigado lucrava ilegalmente com a venda de cigarros eletrônicos, cuja importação e comercialização são proibidas no Brasil. O esquema utilizava veículos para transportar os produtos do Paraguai até Rondonópolis, que funcionava como um ponto de distribuição para outros estados.

Os produtos eram vendidos em lojas físicas e pela internet, com entregas realizadas até por motoboys. Os envolvidos responderão por crimes como contrabando, receptação, falsidade ideológica e associação criminosa.

Nos últimos dois anos, as forças de segurança interceptaram diversas cargas de produtos contrabandeados do grupo, que foram apreendidas e encaminhadas à Receita Federal. O nome da operação, Relutância, reflete a insistência do grupo em continuar com as atividades ilegais, mesmo após várias ações de repressão anteriores.