A Polícia Civil de São Paulo realizou nesta terça-feira (30) fiscalizações em quatro estabelecimentos na capital e em Barueri para investigar a venda de bebidas alcoólicas contaminadas por metanol. Dois bares foram interditados na capital, um em São Bernardo do Campo e outro na Mooca, além de apreensões em Barueri.
A operação envolveu a Vigilância Sanitária municipal e estadual, além do Procon, após casos confirmados de intoxicação. Até o momento, o governo paulista contabiliza cinco mortes — uma já confirmada por consumo de bebida adulterada — e outros 22 casos sob investigação. Entre as vítimas está o advogado Marcelo Lombardi, de 45 anos, morto após falência de múltiplos órgãos, e a jovem Radharani Domingos, que perdeu a visão após ingerir vodca em um bar nos Jardins.
No total, 117 garrafas sem rótulo ou nota fiscal foram recolhidas em diferentes regiões de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) determinou interdição cautelar dos locais ligados aos casos até a comprovação da origem das bebidas.
O Centro de Vigilância Sanitária reforçou que consumidores só devem adquirir produtos de fabricantes legalizados, com rótulo, selo fiscal e lacre de segurança, para reduzir os riscos de intoxicação. O metanol, usado em processos industriais, é altamente tóxico e pode causar convulsões, cegueira e morte.