A Polícia Militar de Mato Grosso promoveu nesta quarta-feira (21) um encontro em Cuiabá com mais de 500 policiais militares para debater saúde mental, bem-estar e qualidade de vida da tropa. O evento foi realizado na Igreja Presbiteriana da capital e contou com a apresentação de serviços e protocolos de apoio psicológico e físico oferecidos pela instituição.
Durante o encontro, foram detalhadas as ações da Coordenadoria de Assistência Social (CAS) e da Diretoria de Saúde (DSAU) da PM, além dos protocolos “Saúde e Bem-Estar” e “Saúde Mental” da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), disponíveis no Portal do Servidor.
A major Luzinete Vilarinho, coordenadora-adjunta da CAS, destacou que a rotina de risco e estresse dos policiais pode gerar impactos profundos na saúde mental, incluindo casos de suicídio. Ela defendeu a intensificação dos atendimentos psicológicos e emocionais nos 142 municípios do estado.
"Estamos trabalhando de forma preventiva, levando orientação e informação para a tropa, quebrando o estigma em torno da saúde mental e promovendo ações práticas para o cuidado emocional", afirmou a major.
O comandante-geral adjunto da PM, coronel André Wilian Dorileo, reforçou que a discussão vai além de um evento institucional. Para ele, buscar ajuda deve ser reconhecido como um ato de coragem, e não de fraqueza. Ele anunciou que a iniciativa será levada aos 15 Comandos Regionais do estado.
"É nosso dever garantir que os profissionais estejam emocionalmente preparados para servir à sociedade. Isso é parte do compromisso com uma segurança pública mais eficiente e humana", afirmou Dorileo.
Já o coordenador de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho da Seplag, Flávio Jabra, apresentou os detalhes dos protocolos adotados pelo governo estadual. O de “Saúde Mental” prevê atendimentos psicossociais voltados a transtornos como depressão, ansiedade, Burnout, assédio moral e luto. Já o de “Saúde e Bem-Estar” envolve acompanhamento multidisciplinar com nutricionista, endocrinologista, ortopedista e educador físico.
Flávio também anunciou a implementação de atendimentos por telemedicina, com o objetivo de facilitar o acesso dos servidores públicos aos cuidados especializados.
"O servidor precisa ser acolhido em todas as suas dimensões. Cuidar da saúde mental é garantir a continuidade e a qualidade das políticas públicas", concluiu.