Foto: Sputnik/Gavriil Grigorov/Pool via REUTERS, Reuters e Genya Savilov/AFP
Monday, 11 de August de 2025 - 15:38:55
Presidente americano pretende pressionar por fim da guerra, mas defende troca de territórios; UE exige participação de Kiev no processo
TRUMP ANUNCIA DIÁLOGO COM ZELENSKY E REUNIÃO COM PUTIN NO ALASCA PARA BUSCAR PAZ NA UCRÂNIA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que falará com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na quarta-feira (13) e com líderes europeus durante a semana para coordenar uma posição comum antes da cúpula com o presidente russo Vladimir Putin, marcada para sexta-feira (15) no Alasca. Na reunião, Trump afirmou que pressionará Putin pelo fim da guerra que já dura mais de três anos e meio.

Trump também afirmou que buscará negociar a devolução de territórios para a Ucrânia, mas defende que "deve haver uma troca de territórios", proposta rejeitada firmemente por Zelensky, que declarou que os ucranianos não vão ceder terras aos invasores.

Líderes da União Europeia (UE) enfatizaram que qualquer acordo para encerrar o conflito deve incluir a participação da Ucrânia, para garantir que as decisões respeitem a soberania do país. A exclusão de Kiev da cúpula gerou preocupações sobre a possibilidade de um acordo desfavorável à Ucrânia.

Em declaração conjunta, chefes de governo da França, Itália, Alemanha, Polônia, Reino Unido e a presidente da Comissão Europeia manifestaram apoio ao esforço de Trump para deter o massacre na Ucrânia, mantendo o apoio militar e as sanções contra a Rússia, mas reafirmaram que “qualquer acordo deve incluir a Ucrânia e a UE”.

Após mais de três anos de combates, as posições seguem distantes: Moscou exige a anexação de quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas e da Crimeia, além da renúncia de Kiev a armas ocidentais e à Otan, enquanto a Ucrânia exige a retirada das tropas russas e garantias de segurança.

A cúpula entre Trump e Putin será o primeiro encontro entre presidentes russos e americanos desde junho de 2021, com o objetivo de tentar um caminho para a paz no conflito que já causou dezenas de milhares de mortes e milhões de deslocados.

 
Texto/Fonte: G1