O presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, anunciou que o plano de ressarcimento para os beneficiários prejudicados por fraudes será apresentado à Casa Civil entre segunda e terça-feira da próxima semana. Segundo Waller, o processo deve ser concluído até o fim da próxima semana, mas depende de aprovação em várias instâncias, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Defensoria Pública da União (DPU). Ele acrescentou que as entidades responsáveis pelos descontos indevidos dos benefícios já tiveram as cobranças suspensas, e que o INSS tomará medidas adicionais de segurança, como o uso de reconhecimento facial e cruzamento de dados por geolocalização.
O presidente do INSS destacou que o objetivo é que o ressarcimento venha das próprias entidades investigadas, mencionando que, se necessário, outras fontes serão buscadas para cobrir os prejuízos. Ele explicou que apenas aposentados e pensionistas, beneficiários permanentes, foram alvo do golpe, e que trabalhadores afastados não tiveram descontos indevidos.
Além disso, Waller revelou que o INSS abriu 13 processos de responsabilização contra pessoas jurídicas envolvidas no esquema de fraude, algumas das quais foram identificadas como empresas de fachada. Esses processos serão publicados em edição extra no Diário Oficial da União. O INSS também está tomando medidas para bloquear bens dessas empresas e garantir o ressarcimento dos prejudicados.
A fraude, que envolveu a inscrição indevida de aposentados em várias entidades e a liberação de descontos "em lote", foi identificada em uma investigação da Polícia Federal. O novo presidente do INSS também informou que o órgão passará por uma reestruturação para melhorar o atendimento aos beneficiários.
O escândalo gerou a demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e a saída do presidente anterior do INSS, Alessandro Stefanutto, após a revelação da fraude.