A colheita do café avança no interior de São Paulo e os produtores estão otimistas com os resultados desta safra. Em Garça (SP), onde se concentra uma das principais regiões cafeeiras do estado, a modernização da atividade tem ganhado força, com o uso de máquinas que substituem o trabalho manual em lavouras maiores.

José Carlos de Moraes Filho cultiva 70 hectares e conta hoje com apenas dois funcionários. Com a mecanização, ele consegue realizar a colheita de forma muito mais ágil, atividade que antes demandava cerca de 100 pessoas. A expectativa do produtor é colher 20% a mais do que em 2024, quando o calor excessivo prejudicou a formação dos grãos. Este ano, as chuvas favoreceram o desenvolvimento da lavoura. José Carlos comercializa sua produção localmente e também exporta para o mercado asiático, vendendo a saca de 60 quilos por R$ 2.200.

Outro produtor da região, Cassiano Tosta, cultiva 14 hectares e já colheu 90% da safra. Sem sistema de irrigação, ele sofreu perdas em 2024, mas as chuvas deste ano trouxeram alívio. Ele também aposta na mecanização combinada com trabalho manual e realizou a poda das plantas, prática que deve fortalecer os pés de café para a safra de 2026. Cerca de 70% da produção dele será destinada à exportação.

A região de Garça e municípios vizinhos reúne mais de 800 propriedades e produz, anualmente, cerca de 600 mil sacas de café.