Foto: Ascom Seciteci
Tuesday, 28 de October de 2025 - 09:54:19
Projetos de estudantes e professores propõem alternativas sustentáveis e tecnológicas aplicáveis à cidade
SEMANA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MT MOSTRA SOLUÇÕES ESCOLARES PARA PROBLEMAS URBANOS

A 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (SNCT/MT), realizada de 22 a 24 de outubro no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, apresentou 125 trabalhos que conectam escolas e comunidades com soluções práticas para desafios urbanos e ambientais. A mostra integra a XVII Mostra Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (MECTI), reunindo propostas testáveis e replicáveis em escolas, serviços públicos e residências.

Entre os destaques, alunas da ETEC Cáceres desenvolveram um limpador natural à base de microrganismos eficientes (ME), com versões para ralos, pias e superfícies. O produto doméstico reduz o uso de químicos agressivos e pode orientar compras públicas e uso familiar. A estudante Jéssica Fernanda Batista explicou que o projeto visa desempenho adequado com menor custo. A professora Bethânia Carvalho acrescentou que testes com borrifador ampliaram as possibilidades de aplicação.

Outro projeto inovador foi o Cultura Digital e Comunicação na Comunidade Escolar, da Escola Arena (Seduc), que começou como ferramenta de divulgação do grêmio estudantil e agora evolui para espaço maker com impressão 3D, robótica, realidade virtual e IA generativa. O professor Felipe Miranda destacou que a iniciativa promove engajamento dos alunos, além de desenvolver competências para apresentação pública de projetos e uso crítico de mídias.

Os professores e alunos da ETEC Lucas do Rio Verde apresentaram protótipos como o EcoBus, que reconfigura pontos de ônibus com telhado verde, iluminação em LED e captação de água da chuva; o BioConstrutor, que utiliza talo de algodão em blocos de construção; o Fósmico, robô terrestre de combate a incêndios florestais; e o Ecoplástico, que testa plástico triturado no asfalto para reduzir descartes.

Além disso, foi desenvolvido um canudo comestível feito de amido de milho e proteína de soja, com decomposição estimada entre 30 e 60 dias, substituindo o plástico descartável que leva até 200 anos para se degradar. A aluna Alannis Mazotti Almeida destacou o aprendizado em prototipagem, apresentação e testes práticos.

Segundo os professores, a chave dos projetos é método e informação acessível, utilizando recursos locais para propor alternativas sustentáveis, mensurando resultados e orientando decisões em escolas, famílias e gestão pública.

As iniciativas reforçam o potencial de tecnologia aplicada e educação prática na transformação de problemas urbanos, ambientais e sociais em soluções testáveis, criativas e replicáveis.

Texto/Fonte: Secom MT