Israel colocou em operação um sistema de defesa aérea baseado em feixes de laser de alta potência para neutralizar ataques com drones e mísseis, informou um funcionário da embaixada israelense na Rússia. O sistema, chamado de Raio de Ferro, é considerado uma mudança estratégica nas defesas do país e teria sido acionado em resposta a ataques do Irã iniciados na sexta-feira (13), embora o uso específico do equipamento neste confronto ainda não tenha sido oficialmente confirmado por autoridades militares.

Desenvolvido ao longo de quase uma década, o Raio de Ferro utiliza um laser de até 100 kW — potência suficiente para abastecer mais de 300 casas por mês — e promete vantagens significativas em relação aos sistemas tradicionais, como menor custo por interceptação e danos colaterais reduzidos. Segundo o governo israelense, a precisão do laser é alta, com feixe do tamanho de uma moeda, e sua operação independe de munições convencionais, sendo alimentada por energia elétrica ou baterias.

O sistema tem duas versões: uma fixa, com radar de monitoramento, e outra móvel, que pode ser instalada em veículos terrestres ou aviões civis. A tecnologia foi projetada para manter sua eficácia mesmo sob nuvens densas e instabilidade atmosférica, além de continuar funcionando mesmo sem conexão direta com a base israelense, graças à navegação por GPS.

Apesar de suas vantagens, o Raio de Ferro ainda apresenta limitações: seu alcance é restrito a cerca de 10 km, o que pode ser insuficiente em combates de larga escala, e sua dependência de energia elétrica pode reduzir a autonomia em campo. Mesmo assim, especialistas apontam que a inovação tem o potencial de transformar a lógica das defesas aéreas modernas, tanto em Israel quanto em outros países.