O rendimento médio mensal de todas as fontes no Brasil atingiu R$ 2.846 em 2024, o maior valor já registrado pela série histórica da PNAD Contínua, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (8). O crescimento foi puxado principalmente pelo aumento da renda proveniente do trabalho, que alcançou média de R$ 3.225 — uma alta real de 3,7% em relação a 2023.
Apesar do avanço, a desigualdade regional permanece expressiva: o Distrito Federal lidera com rendimento médio de R$ 3.276, enquanto o Maranhão ficou na última posição, com R$ 1.078. As regiões Sul e Sudeste concentram os maiores valores, enquanto Norte e Nordeste apresentam os menores.
Programas sociais também contribuíram para a alta: 9,2% da população declarou receber esse tipo de rendimento em 2024 — o maior valor desde o início da série histórica —, com valor médio de R$ 836, crescimento de 2,2% em relação a 2023 e de 72,7% em comparação a 2019. O Bolsa Família, reformulado em 2023, responde por boa parte desse impacto, tanto em valor quanto em número de beneficiários.
O Índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de renda, também registrou queda em todas as regiões, com exceção do Sul, atingindo seu menor patamar histórico. Ainda assim, os 10% mais ricos recebem, em média, 13,4 vezes mais que os 40% mais pobres.