A Rússia realizou nesta terça-feira (10) um dos maiores bombardeios desde o início da guerra na Ucrânia, segundo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O ataque aéreo contou com o uso de 315 drones kamikaze e sete mísseis, incluindo modelos russos Iskander e norte-coreanos KN-23, armamentos com grande capacidade destrutiva e precisão.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que a ofensiva visava alvos militares e foi conduzida com armamento de “alta precisão”. No entanto, de acordo com as autoridades ucranianas, o ataque atingiu infraestruturas civis, como prédios residenciais, uma catedral e até uma maternidade.
As armas utilizadas no ataque
Drones Shahed-136: Fabricados no Irã, são veículos não tripulados do tipo kamikaze com formato de asa delta, difícil detecção por radar e alcance de até 1.500 km. Cada unidade carrega até 40 kg de explosivos e pode seguir rotas com desvios para dificultar a interceptação. Esses drones têm sido usados repetidamente pela Rússia para atacar tanto alvos civis quanto militares.
Mísseis KN-23: De origem norte-coreana, têm cerca de 7,5 metros, peso superior a 3 toneladas e alcance de até 690 km. Segundo a imprensa internacional, a Rússia teria adaptado esses mísseis para torná-los ainda mais precisos. O armamento pode carregar ogivas convencionais ou nucleares.
Mísseis Iskander: De curto alcance, já utilizados desde 2006 pela Rússia, os Iskander podem atingir até 500 km e são lançados de plataformas móveis. Pesando cerca de 4 toneladas, são armados com ogivas de alto poder explosivo, capazes de provocar grande destruição em zonas urbanas.
Ataque amplia tensão no conflito
O bombardeio marca mais uma etapa da escalada bélica na guerra entre Rússia e Ucrânia, evidenciando o uso cada vez mais frequente de armamento internacional — inclusive fabricado por aliados como Irã e Coreia do Norte. O uso de drones Shahed e mísseis de alta precisão acentua a preocupação global com o aumento dos danos civis e com a possibilidade de envolvimento mais direto de outras nações no conflito.