O escritor e jornalista Ruy Castro foi o grande vencedor do Prêmio Jabuti 2025, conquistando a categoria mais prestigiada da noite — Livro do Ano — com “O Ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim”, publicado pela Companhia das Letras. O anúncio ocorreu nesta segunda-feira (27), em cerimônia que celebrou autores e obras de destaque em 23 categorias, abrangendo os eixos Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação.

Além da estatueta dourada, Castro recebeu um prêmio de R$ 70 mil e uma viagem para a Feira do Livro de Londres, que em 2026 marcará o Ano da Cultura Brasil–Reino Unido. A homenagem coroa mais de cinco décadas dedicadas à literatura e ao jornalismo cultural.

A edição deste ano também prestou tributo à escritora e jornalista Ana Maria Machado, eleita Personalidade Literária de 2025. O reconhecimento destaca sua extensa carreira e suas três vitórias anteriores no Jabuti, obtidas em 1978, 1997 e 2000.

Entre os demais premiados, “Vento em setembro”, de Tony Bellotto, venceu como Romance Literário, enquanto “Respiro”, de Armando Freitas Filho, levou o troféu de Poesia. Na categoria Crônica, o próprio Ruy Castro também foi reconhecido por “O Ouvidor do Brasil”, e “Mais uma história para o velho Smith”, de Orlandeli, foi o destaque em Histórias em Quadrinhos.

Na área de Não Ficção, Daniela Arbex venceu em Biografia e Reportagem com “Longe do ninho” (Editora Intrínseca), e Adilson José Moreira recebeu o prêmio de Educação por “Letramento racial: uma proposta de reconstrução da democracia brasileira” (Contracorrente). Já “Felicidade ordinária”, de Vera Iaconelli, foi eleito o melhor em Saúde e Bem-Estar.

Entre os reconhecimentos técnicos, “Acrobata” (Companhia das Letras) conquistou a melhor capa, assinada por Kiko Farkas, enquanto “Palavra”, do Instituto Tomie Ohtake, venceu em Projeto Gráfico. A tradução premiada foi “Byron: poemas, cartas, diários & c.”, de André Vallias (Editora Perspectiva).

Na categoria Inovação, “Maracujá interrompida”, de Luis Osete, foi escolhido Escritor Estreante em Poesia, e “Sangue Neon”, de Marcelo Henrique Silva, destacou-se entre os estreantes em Romance. O projeto “AbraPalavra”, de Aline Cântia, recebeu o prêmio de Fomento à Leitura, e “Rio Capital Mundial do Livro”, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, foi reconhecido na mesma linha temática.

Por fim, “BRABA – Antologia Brasileira de Quadrinhos”, parceria entre as editoras Mino e Fantagraphics Books, foi eleito o melhor Livro Brasileiro Publicado no Exterior, reforçando o papel do Jabuti como vitrine internacional da literatura nacional.