Miguel Uribe Turbay, senador de 39 anos e um dos favoritos na disputa presidencial da Colômbia em 2026, faleceu após ser vítima de um atentado em 7 de junho, quando foi baleado enquanto discursava em um evento político na capital Bogotá. O político, neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín, estava internado desde o ataque na Fundação Santa Fé, onde passou por cirurgias. Na madrugada desta segunda-feira, Uribe não resistiu às complicações decorrentes de uma hemorragia no sistema nervoso central.
O atentado, ocorrido em meio a um aumento das tensões políticas no país, mobilizou investigações da Procuradoria-Geral da Colômbia, que prendeu seis suspeitos até o momento. Durante o ataque, um adolescente de 15 anos foi apreendido com uma arma no local. O presidente Gustavo Petro condenou o ato de forma veemente, destacando o atentado não apenas contra a integridade do senador, mas também contra a democracia colombiana.
O governo brasileiro manifestou solidariedade e confiança na apuração do caso, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, exigiu justiça para os responsáveis. Álvaro Uribe Vélez, líder do partido Centro Democrático, lamentou a morte e afirmou que “o mal destrói tudo, mataram a esperança”. Apesar do mesmo sobrenome, Miguel Uribe e Álvaro Uribe Vélez não têm relação familiar.
Miguel Uribe Turbay foi o parlamentar mais votado nas eleições de 2022 e preparava sua candidatura à presidência. Sua trajetória foi marcada por tragédias familiares, retratadas no livro “Notícias de um Sequestro”, de Gabriel García Márquez. O atentado reforça o histórico de violência política na Colômbia, que, nas últimas cinco décadas, registrou três assassinatos de candidatos presidenciais.