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Segunda, 06 de janeiro de 2025 - 16:03:56
Suspeita de envenenar bolo em Torres teria utilizado celular para pesquisar sobre arsênio
POLÍCIA
Mulher investigada por triplo homicídio está recolhida no Presídio Estadual Feminino de Torres

Deise Moura dos Anjos, presa por suspeita de envenenar o bolo que levou três pessoas a morte em Torres, fez pesquisas na internet sobre arsênio. As buscas foram comprovadas através de dados extraídos do celular dela. A informação foi confirmada nesta segunda-feira pela Polícia Civil.

De acordo com a apuração policial, as pesquisas teriam ocorrido nos dias que precederam o caso. A Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico da mulher.

Ainda segundo a PC, a investigada teria envenenado a farinha utilizada na sobremesa. O resultado da perícia apontou que quantidade de arsênio no produto era de 65 gramas por quilograma, cerca de 2,7 mil vezes maior do que a concentração da substância encontrada no bolo. O químico é a base do veneno arsênico.

A farinha foi encontrado em Arroio do Sal, na semana passada durante buscas na casa de Zeli dos Anjos, a mulher que fez o doce. Os investigadores agora tentam determinar como e há quanto tempo o item estava ali.

Deise é nora de Zeli dos Anjos. A motivação do crime seria uma desavença entre as duas, ocorrida há 20 anos, supostamente por motivos banais. Além disso, ela também passou a ser investigada pela morte do sogro, em setembro. À época, a causa do óbito foi dada como intoxicação alimentar. O corpo dele será exumado nos próximos dias para exames periciais.

Detida por ordem de prisão temporária, a mulher considerada suspeita vai responder por triplo homicídio duplamente qualificado e uma tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Ela está recolhida no Presídio Estadual Feminino de Torres.

Leia a nota da defesa da investigada

Deise Moura dos Anjos, presa temporariamente por suposto envenenamento no caso do bolo, na cidade litorânea de Torres/RS, vem a público manifestar que possui defesa constituída, representada pelos advogados Manuela Almeida, Vinícius Boniatti e Gabriela S. Souza.

Até o presente momento, 06 de Janeiro, às 07hrs, a defesa prestou atendimento em parlatório à cliente, contudo, não teve acesso integral a investigação em andamento, razão pela qual se manifestará em momento oportuno.

Texto/Fonte: Com infomrações Correio do Povo