A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE. O índice representa o menor patamar para o período desde o final de 2014 e confirma o fortalecimento do mercado de trabalho. Em números absolutos, 6,8 milhões de brasileiros estavam sem emprego, uma redução de 12,3% em relação ao mesmo trimestre de 2024.

O número de pessoas ocupadas subiu para 103,9 milhões — alta de 2,5% em relação ao ano anterior. Entre elas, 39,8 milhões possuem carteira assinada no setor privado, o maior número já registrado. A informalidade também recuou, chegando a 37,8% da população ocupada, o equivalente a 39,3 milhões de pessoas.

Para o analista do IBGE William Kratochwill, o avanço se deve ao aumento da ocupação formal, à redução da subutilização da força de trabalho e ao menor número de desalentados — 2,89 milhões, o menor desde 2016.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.457, estável em relação ao trimestre anterior, mas 3,1% maior na comparação anual. Já a massa total de rendimentos atingiu R$ 354,6 bilhões, novo recorde na série histórica da pesquisa, impulsionada principalmente pelo maior número de pessoas ocupadas.

Outro dado positivo foi o número de contribuintes para a previdência social: 68,3 milhões de brasileiros, o maior já registrado. O IBGE destaca que esse crescimento acompanha o aumento da formalização do trabalho.

O único setor que registrou aumento relevante na ocupação foi o de administração pública, educação, saúde e assistência social — típico do início do ano letivo, com maior contratação de profissionais de apoio escolar e da área social.

Principais números da Pnad Contínua – Maio de 2025:

• Taxa de desemprego: 6,2%

• Desempregados: 6,8 milhões

• Ocupados: 103,9 milhões

• Empregados com carteira assinada: 39,8 milhões (recorde)

• Trabalhadores informais: 39,3 milhões (37,8%)

• Rendimento médio: R$ 3.457

• Massa de rendimento: R$ 354,6 bilhões (recorde)

• Contribuintes para a previdência: 68,3 milhões (recorde)

Segundo o IBGE, os dados refletem uma tendência de recuperação consistente e sustentável do mercado de trabalho no país.