Uma brasileira contou ao Fantástico os momentos de tensão durante o roubo de joias da coroa francesa no Museu do Louvre, em Paris. Ela relatou que estava próxima à janela da sala, filmando e admirando as peças, quando os criminosos arrombaram a vitrine.

“Eu tava muito perto, a um metro da janela. Ouvi o barulho de pancada e depois o som de uma motosserra. Foi muito assustador”, disse a turista. O assalto ocorreu por volta das 9h30, cerca de meia hora após a abertura do museu. Os bandidos estacionaram um pequeno caminhão com escada mecânica em uma lateral pouco movimentada, subiram até a sacada da galeria e quebraram a janela.

Em apenas quatro minutos, os ladrões levaram nove joias avaliadas em cerca de R$ 50 milhões, incluindo o broche relicário da Imperatriz Eugênia, presente de Napoleão I. Turistas e funcionários foram rapidamente retirados do local, e a brasileira conseguiu escapar por uma escada de emergência.

Após o crime, o Louvre fechou a galeria e transferiu as peças restantes para um cofre do Banco da França. Dois suspeitos foram detidos em Paris: um homem com dupla cidadania francesa e argelina, preso ao tentar embarcar para a Argélia, e outro francês. Ambos tinham histórico de participação em roubos sofisticados.

Segundo a pesquisadora Elane Sciolino, especialista em história do Louvre, o crime revelou vulnerabilidades antigas do museu: apenas 25% das salas mais importantes têm câmeras, e a construção centenária dificulta reforços de segurança. Além disso, a ferramenta utilizada para arrombar a vitrine coincide com a descrita em um manual interno do museu, levantando suspeitas de possível vazamento de informações.