Uma comitiva chinesa está no Brasil nesta semana para conduzir uma auditoria que deve confirmar se o país está livre da gripe aviária, informou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua. O relatório a ser emitido pelos técnicos pode já trazer uma decisão sobre a retomada das compras pela China, atualmente o único grande mercado que ainda mantém restrições ao frango brasileiro.
Enquanto isso, a União Europeia reabriu nesta terça-feira (23) as importações do produto. O processo de liberação será gradual: desde já, todo o Brasil, exceto o Rio Grande do Sul, está autorizado a exportar frangos produzidos a partir de 18 de setembro. No dia 2 de outubro, o estado gaúcho será liberado, exceto a área ao redor da granja em Montenegro (RS) onde houve registro da doença. Já em 16 de outubro, a liberação alcançará também essas áreas específicas.
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a reabertura deve restabelecer os níveis anteriores de exportação, com chance de crescimento diante da demanda reprimida durante a suspensão. Entre janeiro e maio de 2025, o Brasil exportou 125,3 mil toneladas de carne de frango para o bloco europeu, alta de 20,8% em volume e de 38% em receita na comparação com 2024, somando US$ 386,3 milhões.
Além da União Europeia, outros 16 países já retiraram as restrições, entre eles o Japão, terceiro maior comprador da carne de frango brasileira, e o Iraque, na 9ª posição. Com isso, a China se mantém como o único grande importador ainda a reabrir o mercado para o produto nacional.