Um megavazamento de dados divulgado nesta semana pela plataforma Cybernews expôs cerca de 16 bilhões de credenciais de acesso a contas online, naquele que é considerado o maior incidente do tipo já registrado. Os pesquisadores alertam que os dados são recentes e potencialmente utilizáveis, com forte risco de exploração criminosa em larga escala.
As senhas estão distribuídas em pelo menos 30 bancos de dados diferentes — alguns com mais de 3,5 bilhões de registros — e, embora parte do conteúdo possa ser repetido, a dimensão total do vazamento ainda é incerta. A origem dos dados não se restringe a uma única falha: trata-se de uma compilação de diferentes ataques e ferramentas maliciosas que roubam senhas de dispositivos infectados.
Há indícios de que o maior dos bancos de dados, com 3,6 bilhões de registros, esteja ligado a populações de língua portuguesa, o que pode incluir brasileiros. Outro, com 455 milhões de registros, faz referência à Rússia.
Segundo os especialistas da Cybernews, o vazamento torna possível que cibercriminosos acessem plataformas como Google, Apple, Meta, GitHub, Telegram e até sistemas governamentais. Ainda que os arquivos tenham ficado pouco tempo online, isso pode ter sido suficiente para sua replicação e venda na dark web, com riscos como roubo de identidade, fraudes financeiras e extorsão.
O Google afirmou ao g1 que o caso não tem relação com falhas de seus sistemas e reforçou a recomendação para o uso de autenticação em duas etapas e gerenciadores de senhas. Meta e GitHub não comentaram.
Atualize senhas antigas, especialmente as mais usadas;
Evite repetir senhas em diferentes sites;
Use autenticação multifator (MFA) sempre que possível;
Prefira um gerenciador de senhas confiável, que armazene com segurança suas credenciais;
Fique atento a atividades suspeitas, e evite clicar em links desconhecidos, inclusive por SMS.
A recomendação final dos especialistas é: se você não sabe se foi afetado, aja como se tivesse sido — reforçando suas proteções digitais imediatamente.